Se não é estatístico é sintomático: pelo menos oito entre dez mulheres adoram bater pernas e namorar vitrines das lojas, principalmente em tempos de liquidações. As outras duas provavelmente não dispensam um negócio da China.
Na internet também é possível encontrar achados com a vantagem de não precisar gastar as solas dos sapatos. Bazares e brechós na rede atendem a diversos perfis, estilos e tamanhos. Há peças nunca usadas e outras vintage, herdadas dos armários das avós, que podem dar aquele tapa no visual hi-lo
Waleska Falci criou o Fino Coletivo http://www.finocoletivo.blogspot.com/ na esteira da tendência. "Eu sempre frequentei e comprei nesse tipo de blog. Percebi que a ideia poderia funcionar", explica.
Com pouco mais de um ano, o acervo do blog foi conquistado com a ajudinha das amigas. "A gente tinha o hábito de fazer trocas e sempre nos perguntávamos que destino dar a peças bacanas que não caberiam ou não seriam o estilo da outra", afirma.
O Fino Coletivo deu endereço às peças descoladas e de marcas conhecidas de Waleska e das amigas. Entre as ofertas, itens novinhos em folha, com pouco e algum uso. "Embora sejam peças únicas, acho importante trabalhar com todos os tamanhos. Vou do manequim 36 ao 48 e com isso já vendi para o Brasil inteiro", conta.
A regra de ouro para quem visita bazares e brechós na internet é saber que nenhum deles faz trocas e devoluções. Todos os detalhes do produto são descritos para que não haja choro nem vela. "Por isso é fundamental descrever o produto exatamente como ele está, mesmo que haja alguma imperfeição", revela Nathalia Lima.
A autora do blog Vovó Era New Rave http://www.vovoeranewrave.blogspot.com/ capricha em sua vitrine vintage, com roupas e acessórios de vários verões atrás. "O nome do blog é uma brincadeira que remete ao fato de eu gostar de cores, e isso está bem claro no layout da página. Claro que não existem avós raves ainda, entretanto há muitas avós bem coloridas", diz.
A experiência com o site rendeu frutos para Nathalia que fez até o caminho inverso e criou bazares físicos, em parceria com amigos e colaboradores. "O mais bacana é poder conhecer pessoas tão diferentes e perceber que não há um público específico que compra nesses bazares. Esse público é muito amplo", avisa.
Com o conhecimento apurado na área, Nathalia virou colunista de moda no site de cultura pop de um amigo http://www.gobbiindica.com.br/. "São dicas que tratam estilo de forma descomplicada e com humor, como eu costumo tratar no meu blog e nos contatos que eu faço por meio dele", arremata.
Quem quer comprar em blogs e acompanhar perfis no Twitter de bazares e brechós deve ser rápido no gatilho. Uma vez anunciada, a peça é vendida para o primeiro que fez a solicitação por comentário ou e-mail (cada site tem uma regra específica).
Se a ideia é criar um blog onde aqueles modelitos bacanas possam ser vendidos por preços camaradas, as especialistas Waleska e Nathalia dão o mapa da mina: bom gosto, fotos bem produzidas, detalhes minuciosos e vontade de se desapegar. Para isso, basta ativar a ferramenta de seguidores, assim todo mundo saberá quando você atualizar sua página estilosa
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